segunda-feira, 22 de junho de 2009

Arte Tecnológica

A Arte Tecnológica e multimídia desenvolve-se no Brasil a partir dos anos 1970, na seqüência de desdobramentos da arte construtiva e da arte conceitual, e tem seu território privilegiado em São Paulo.
A Arte Tecnológica apareceu com novas possibilidades. Se na arte tradicional as opções vão da representação fiel ao abstracionismo pleno, na Arte Tecnológica você pode não apenas representar, mas simular a realidade, simular comportamentos, criar mundos virtuais realistas ou abstratos, criar formas de interação bem superiores em instalações diversas, estar com sua obra presente dia e noite e no mundo todo como a WebArt ou trabalhar com mídias interativas. As possibilidades vão muito além disso.
Waldemar Cordeiro (1925-1973) começa a trabalhar com computadores em 1968 no Centro de Processamento de Imagens da Unicamp, e realiza em 1972, em São Paulo, a mostra Arteônica - O Uso Criativo dos Meios Eletrônicos em Arte. No catálogo da mostra, ele afirma: "Se os problemas artísticos puderem ser tratados por máquinas ou por equipes que incluam o partner computador, poderemos saber mais a respeito de como o homem trata os problemas artísticos". Em 1973, Aracy Amaral organiza para a firma Grife, de São Paulo, a mostra Expoprojeção, com audiovisuais, filmes super-8 e discos de 42 artistas brasileiros. Foi o primeiro levantamento que se fez no Brasil da produção artística com essas novas mídias. Entre os participantes estão Antonio Dias (1944), Antonio Manuel (1947), Artur Barrio (1945), Carlos Vergara (1941), Cildo Meireles (1948), Décio Pignatari, Frederico Morais, Hélio Oiticica (1937-1980), Iole de Freitas (1945), Luiz Alphonsus (1948), Marcello Nitsche (1942), Mario Cravo Neto (1947), Olívio Tavares de Araújo, Raymundo Colares (1944-1986) e Rubens Gerchman (1942 - 2008).
As duas últimas exposições abrangentes de arte tecnológica são a que Júlio Plaza (1938-2003) organizou para o MAC/USP, em setembro de 1985, e Brasil High Tech, que Eduardo Kac preparou para o Centro Empresarial Rio, em abril de 1966. A primeira tem várias seções: arte computador, holografia, microficha, videoarte, videotexto, heliografia e xerox. Explicando os mecanismos de criação dessa arte tecnológica, escreve Plaza no catálogo: "Se nas artes artesanais a produção é individual, nas artes industriais e eletrônicas a produção é coletiva, colocando em crise a mística da criação e a noção do autor. Pelo menos, o artista já não pode mais criar sem a ajuda do engenheiro, do matemático e do programador de dados".

A moda e a tecnologia também caminham juntas, o estilista Hussein Chalayan, que abusa do uso da tecnologia, são roupas q se transformam, roupas que não só somente para vestir.

"Liderando na vanguarda da moda contemporânea e sendo conhecido pela utilização de materiais tecnológicos inovadores, como roupas com chips, néons e lasers, assim como pela sua capacidade de transformar mobílias e peças inovadoras em artigos de vestuário, Hussein Chalayan ganha agora um espaço de destaque em Londres, dedicado à sua obra criada entre 1994 e 2009. Entre os trabalhos de maior destaque do designer de origem turca, encontra-se o vestido “Airborne”, construído com 15 mil mini-lâmpadas; o vestido “Before Minus Now”, confeccionado com materiais de construção de aviões e que muda de forma por controlo remoto; o vestido “Readings” produzido com 200 lasers que se movimentam com efeito pirotécnico; e ainda o vestido “Afterwords”, criado a partir de uma mobília e com o objectivo de ser usado como traje. (…)"

Confira o vídeo de uma das peças mais famosas dele, basta clicar aqui!



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